Contratar um seguro é a garantia de manter o patrimônio no caso de uma eventualidade. Os especialistas do setor reforçam a questão do custo-benefício de pagar uma quantia relativamente pequena em relação ao valor total do bem. Segundo Marcelo Sebastião, diretor de Automóvel da Porto Seguro, o país tem cerca de 17 milhões de veículos com apólice, número que representa apenas 25% a 26% da frota circulante. "Os furtos estão aumentando. Quem não tem seguro corre o risco de ficar sem carro, mas pagar financiamento até o fim", alerta.
O preço é um dos fatores que afasta os motoristas. Segundo Maurício Antunes, diretor de marketing da consultoria Bidu, é possível fazer um cálculo estimado entre 4% e 14% do valor do veículo, embora a cifra varie bastante de acordo com o perfil do motorista. "Para economizar, é recomendável cotar o seguro com várias empresas, porque a diferença pode ser de até 50%, devido às estatísticas de cada seguradora", indica.
CÁLCULO SE BASEIA NOS RISCOS
O valor do seguro é calculado a partir dos riscos que o veículo corre de sofrer dano. Para avaliar o valor, as corretoras levam em conta números sobre quantidade de roubos e batidas em determinado local, colisões com motoristas homens ou mulheres, valor dos consertos, entre outros. Esses fatores permitem estimar, por exemplo, que um jovem de 18 anos, recém-habilitado a dirigir, tem maior chance de gerar sinistros do que um adulto acima de 25 anos. São os questionários que permitem à seguradora saber o tamanho do risco que cada condutor tem de se envolver em um acidente.
Pesa no preço, também, o ano/modelo do veículo. O local onde o carro fica estacionado é outro item que entra na conta. "Às vezes é o vetor de maior influência", explica Saint Clair Pereira Lima, diretor técnico de Automóveis da Bradesco Seguros. Segundo dados da BB e Mapfre, de outubro de 2012 a setembro de 2013, a região Sudeste registrou 1,24 roubo ou furto a cada 100 carros, índice que na região Norte cai para 0,50. Os dados afetam os preços.
COBERTURAS
Quem contrata o seguro também precisa pensar no tipo de proteção que deseja. As quatro maiores seguradoras do país trabalham com seguro total (ou compreensivo), que inclui cobertura em caso de colisão, incêndio, furto e roubo. Um pacote intermediário cobre roubo e incêndio. A terceira opção inclui apenas a proteção conhecida como “contra terceiros”, tecnicamente chamada de responsabilidade civil – que inclui danos morais e materiais e custa cerca de R$ 500 em alguns casos .
Imagens: Free Google
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